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domingo, 30 de maio de 2010

Entre tanto:

 Por muitas vezes buscamos entender coisas que tavez devamos sentir, num toque jeito ou forma de olhar, pensar e descrever o quão bem nos sentimos estando com alguem, problemas são como variaveis que assiduamente comparecem a nós, mas nesse instante me desfaço de meus planos buscando em teus encantos uma forma de olhar. Nunca soube e talvez nunca saiba ao certo como tudo me leva a "VOCÊ" sim você que não sai de meus pensamentos e desalentos mesmo quando tento te inibriar por falsas frustrações cotidianas, mas me contenho ao entendimeto de que ás flores mais belas são fruto das diversidades e sempre serão ás ultimas a desabrochar com o ultimo sopro de primavera és tão bela oh... Meu amor meu jeito de amar.
Luciano Lima

Properios.

 Tudo começa assim olho para você e penso em mim, mas não sei como dizer pensar e destinguir o que penso vejo o futuro relembro o passado e no fundo pareço estar louco por achar que minha razão um dia obriterá meus sentimentos, não posso pela primeira vez de muitas outras saber o que dizer pensar e acima de tudo acreditar. Queria que tudo sempre fosse assim tão infimo quanto o ar que respiramos não queria que o tempo juntamente com o vento nos tirassem do lugar...
Luciano Lima

Despencar:

Desperço com relação a certas funções indagantes de ser ou não ser, decepções ou algo convalecente é o que nos espera com muito topor e tenacidade, e cabera a cada um e apenas a um como individuo pessoa individualista escolher por quais caminhos permanecer, sinto-me como um grande quebra cabeça do qual ás peças demoram a se encaixar, para que a dependencia de estar sempre se manifeste a mim. Pois aquele que espera é fortemente atribuido de razão e complacência, fato é aquela situação que se atribui certas verdades e impropérios subitos ou não.
O que quero dizer é que " Apenas viva independemente de onde como e quando, tente apenas obter o melhor de cada situação para futuras prevenções, e acima de tudo mantenha sua "Dignidade" pois é a única coisa que ninguem pode tirar de você."

Topografia:

Hoje teria tudo para expor pensamentos, sem nenhuma inibição, sem nunhum porque, você me apareceu e mesmo quando achei desnecessario ser, quis te ter... Mesmo que só por alguns minutos, que irão se quebrar em conjunto com nossos traços passados. Mas coisas vem e vão e tudo se põe em seu lugar, esperado ou não, nada é tão intangivel ao ponto de jamais ser tocado. Um dia o passado que se fez presente, irá me sorrir com o saudozismo de um futuro inerte ao que se derivou.
Luciano Lima

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os ângulos:

Nos dias de hoje, é bem comum nós darmos opiniões sobre os erros os quais as
pessoas cometem. Mas, quando os mesmos acontecem com a gente, mesmo com
experiência e sabendo o caminho certo não o fazemos por falta de responsabilidade,
falta de cuidado, displicência, ou o nosso velho e bom, e ruim sentimentalismo. Esses
fazem você fechar os olhos pra coisas que para quem olha de fora pareceria o óbvio
ou até mesmo inevitável, por isso ao invés de ficar apontando os erros dos outros é
melhor pensar o que você faria naquela situação e ver que nada é tão simples quanto
parece, ou que a situação é mais simples do que você imaginava era só olhar para ela
com um lado racional.
É bem comum as pessoas falarem “deixe de exagero” ou “relaxe”. Isso acontece
porque para quem está apenas ouvindo fica mais fácil dar uma opinião racional ou
talvez com mais calma, analisando melhor a situação. Para quem ouve, às vezes seria
melhor levar tais frases ao pé da letra. Afinal mesmo que você discorde delas, de vez
em quando é de bom tom ouvir opiniões de pessoas o qual você queira ouvir as
mesmas. Da mesma forma que você não pode deixar se levar por elas, estas tem que
ajudar você a ver as coisas por outro ângulo. Isso, essa é a frase “veja a sua vida por
todos os ângulos possíveis”.
Assim fica bem mais fácil encarar os problemas que aparecem quando menos
esperamos. Fica mais fácil perceber que o que se tornou um problemão, aconteceu
porque você se permitiu estar vulnerável e talvez fraco. Fraco por olhar tudo como
burro de carga, fraco por achar que só aquele era o caminho, fraco por achar que tudo
só acontece com os outros. A derrota pode ser a conseqüência de erros os quais você
sabia que estava cometendo, você já tinha perdido o controle, e que por medo ou
fraqueza você se deixou levar, ou foi uma coisa que teve que acontecer para você tirar
dela um proveito maior, pois você não tinha como agir em cima da mesma. A situação
não dependia de você.
Olhar a vida por todos os ângulos e ouvir opiniões ajuda você ver a situação real,
achá-la com mais facilidade e assim evitar os momentos de profunda melancolia que
agride tanta gente.
Muita gente após uma derrota se sente perdido, desiludido, acabado. Isso acontece
por conta das expectativas que se cria para tal situação. Mas é sempre bom lembrar
que a situação que você vive não é a pior do mundo, se não tiver solução há a
adaptação e havendo a solução se você balancear o lado racional e sentimental vai
ver que “um pepino, às vezes é só um pepino” é só você ter calma, relaxar e pensar
até resolver. Depois que pensar e ver os tão falados ângulos você achará a resposta
para aquilo que procura, mesmo que esta não seja uma maravilha ou aquilo que você
esperava. Essa vai ser a hora de você ter outras expectativas e deixar o racional falar
mais alto. Para que o possível sofrimento seja menor.
O sofrimento é um sentimento que criamos em nossos pensamentos para afogar as
mágoas que ainda sobrevivem em nós. É válido lembrar que com ele existe sua
companheira a desilusão essa é um ângulo que já foi analisado e tem uma resposta
satisfatória ou não. Desilusão é nada mais, nada menos do que sair de sistema.
Tentar ver que um ciclo acabou que você saiu de um sistema faz você se abrir para
outras situações e soluções para a sua vida. Também é comum sentir-se perdido,
quando isso acontecer lembre-se que você não está perdido. Você achou e não sabe
o que fazer com o que se foi achado.
Por isso ao invés de se afogar em lágrimas e em uma depressão terrível, não seja
fraco, arrume forças e resolva as situações, você é capaz. Você sempre é capaz, não
se deixe subestimar, pare, pense e encontre todos os ângulos. Assim você vai ser
mais respeitado, e ao continuar pensando sempre, você vai aprender a respeitar mais,
falando, e ouvindo, e vivendo tudo no seu tempo.

Anônimo.

Platonic:

O meu platônico vai bem além do mundo das idéias...
Eu realmente queria que ele pudesse te hipnotizar,
aham, creio que meu platônico não faz sentido,
mas eu prefiro não me importar.
No silencio até consigo te imaginar ,quem sabe ir mais além, poder te tocar ou te sentir me abraçar...
Depois tudo some, a realidade volta a me encarar e os espaços vazios em minha volta me fazem perceber que nada nunca vai mudar.
Tudo que sei é que vc é a coisa mais adorável que eu já vi e de uma forma tão irreal eu continuo a me iludir
mas não importa...
O que são desejos afinal?
O que é uma estrela apagada no meio do céu?
Almejando por aquilo que nunca se tornará real?
Se ela nunca conseguirá brilhar...
Não pra alguém tão especial, alguém que nem ao menos consegue enchergar.
Isso tudo me apavora, não é sua culpa se eu vivo num mundo que não é real,
E vc faz parte dele, interligado em todos os pensamentos que tenho,
infinitos e incansáveis...
é patético eu sei, perdoe essa minha maneira de pensar
perdoe eu não poder agir,
perdoe enfim, por eu só conseguir fingir.
Frida Poynter

Behind my gift:


"Fixando meu olhar aos meus anos de vida, continuo aqui respirando nesse mesmo lugar, sabendo que amanhã o sol irá nascer mais uma vez no horizonte por trás das ondas", trazendo aquela mesma suave luz branca isso é a minha maior distração de qualquer coisa daqui para frente, onde aqui nesse lugar eu não sei o que a maré e o vento irão me mostrar, e de cada brisa soprada e de cada onda que se quebra,eu quase sempre tento acreditar um pouco mais além do que eu posso entender.

Tudo que desejava em alguns momentos veio a passar, o verão se foi e com ele algumas perguntas, embora às vezes penso que essa é a resposta, onde cada pessoa esticou o ontem por muito tempo e o amanhã parece ser para sempre e com certeza essa é a pior certeza que todos nós temos, os anos se passaram a experiência se faz presente.

Amigos, namoradas, familiares, sonhos mudaram, poucos restaram, é triste acreditar que meus menores sonhos foram desprezados e parece que os maiores sonhos estão mudando minha vida, por outro lado fico feliz por que todos fizeram as suas escolhas e cada um está seguindo ou fazendo o seu caminho, apenas para ver o que o destino tem p’ra falar e achar o lugar de cada estrela, entendo que estou aqui por um motivo só para ver que a vida terá o seu caminho por mais estranho que seja, embora eu continuo aprendendo a procurar estrelas enquanto eu percebo o sol se perde no horizonte."

A vida está seguindo p’ra mim de um jeito diferente que eu nunca imaginei antes, algo do tipo saber a simples diferença entre o sol e a lua que poucos entendem. Sem ter que fechar os olhos para o horizonte, mais de fato é tão difícil achar de novo aquela mesma razão de que quando éramos jovens de sair e sentir aquele bom e velho amor nas coisas pequenas de uma vida,  já ouvi Alguns dizeres que é melhor nunca Saber o que é a vida, mas eu tenho convicção que eles nunca souberam o bastante, por que me parece que toda ignorância é ousada,mas todos Precisam.
Se você me ver,  por favor continue andando, continue andando
Esqueça meu nome e eu o esquecerei também
Tentativas fracassadas de viver vidas simples, vidas simples
Sempre me mantêm voltando para você[...]
Thiago H. S. Lima.

Villa:

Ele andava pelas ruas
Sem medo, sem esperança, sem promessas a serem cumpridas
E não suportava nada, nem ao menos a sua sombra
suas vida era traçada pelas cinzas de cigarros que deixava pelo chão
e pelas lágrimas que já não mais existiam
o vazio permanecia tomando espaço no lugar de sua alma
Não esperava por minutos nem dias nem anos, tempo é tão itediante quando se para pra pensar.
Pensamentos vagos e um coração congelado, camuflado.
Menosprezava o ar e a solidão, por que não fazia diferença.
considerava o álcool como a melhor invenção da humanidade, a quem confidenciava todas as suas experiencias, desde como ainda estava vivo todas as manhãs até como se identificava com a escuridão da noite, calma e devagar.
Ele não se importava, ele realmente não se importava com os olhares em sua face e não ouvia nenhum barulho que o atormentasse.
Em seu mundo, o pequeno mundo resumido no eu.
A quem estava tentando enganar?
Por que todos são tão traiçoeiros? Não se pode confiar em ninguém.
E todos os outros resumem-se em ser apenas outros quando se leva em consideração,
E ele não vai mais fingir ser quem não é para agradar ninguém, nunca funciona e ser for pra não ser aceito é assim que tem que ser
Do seu modo, ao seu parecer
A frieza soa tão agradável quando você não pensa duas vezes antes de vive-la
não a julgue, ele dizia para si
viva-a.
Frida Poynter

Introsprecção.


Eu deveria ter dado meia volta em vez de ter ido em frente... Acho que não é bem assim !,porque as vezes  me sinto como um pneu velho e gasto, não que isso seja algo ruim, porem é algo estranho na maioria das vezes que me pego pensando, em saber o quão incertos e curiosos são os caminhos de uma vida tão cheia de experiências, realizaçoes, desejos de sentir sempre o brilho do sol da manhã mais linda e da noite mais estrelada,e as decepçoes que essa mesma vida me mostra e ensina.que não levamos a vida e sim ela que nos leva, o incrivél de tudo é que o nosso destino parece já estar traçado de alguma forma,e não importa qual caminho você pegou ou qual escolha você fez em vida...
acredite que isso pode ser vedade, e imagine...
porque essa é a sensação que tenho da vida agora, por mais certo ou errado que você seja ou esteja não interessa como e quando isso irá acontecer porque, já está acontecendo agora em cada passo dado em cade respiração,e o sol está posto logo ali no céu do amanhã para a finalidade de viver o hoje.
(Desconhecido) Acredito que pertença a "Thiago H. Lima."

Transcedendo:


Todas as noites quando nada parece ter sentido,  quando se respira fundo atrás de algo que ha muito perdido aparenta estar. O novo se faz velho quando descobrirmos que o velho nunca foi novo, um suspiro, um beijo e um ultimo abraço, nos faz temer o futuro que parece estar tão distante, esta tudo bem está noite faremos algo novo de novo. Tudo se faz valer por tão pouco, mas queremos tanto que não identificamos o querer, que se torna inibido pela vontade do mesmo.
 Luciano Lima

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Roda Punkrock/Hardcore “Pogo”

Bem penssoal, muita gente não sabia e não sabe o que é um "pogo" ou "roda de rock", Eu estava fazendo uma pesquisa (confesso que mesmo após tantos anos, nem eu sabia exatamente o que era) dai me veio essa idéia. Achei bem legal o resultado final então resolvi postar p'ra vocês espero infinitamente que gostem.
Luciano Lima.


Roda Punkrock/Hardcore “Pogo” - A Dança Punk
Se auto-afirma o baixista Sid Vicious (Sex Pistols) que ele inventou o pogo por volta de 1976. Na mostra punk nos primeiros ensaios da cena punk de Londres, ele queria dançar “Vicious” dos Sex Pistols, mas de alguma forma diferentes dos demais, mas ele não podia dançar assim que começaram a saltar para cima e para baixo e foi assim que o pogo nasceu. Se Vicious realmente inventou a dança ou não, o pogo rapidamente se tornou intimamente associada com punk rock. Shane MacGowan, ele próprio um adepto da cena punk, também atribui a dança pogo a Vicious, alegando que um poncho de couro que ele usava para Shows, impedido de qualquer outra forma de dança, exceto pulando para cima e para baixo. Jon King of Gang of Four ajudou a popularizar o pogo como um movimento de palco para apresentações.

Nos anos seguintes, mergulho fase surf multidão, dançando mosh e hardcore tornaram-se todos os associados com a dança pogo, embora algumas destas atividades precedem o pogo.
Geralmente quando se vai á um show punrock/hardcore acontece um nascimento de uma relação de amor/ódio pois nada ali é tão confortável ou conveniente assim, e os comportamentos inseridos naquele contexto não são nada convencionais, nada te faz entender o por que de ficar ali sobre tal desconforto algo totalmente diferente de shows de cantores e bandas famosas onde os fãs vão para ver a banda e cantar as músicas, em um show punk o objetivo principal é dançar. Uma dança bem peculiar, que até parece uma briga campal com chutes e socos para todos os lados.
Essa é a "Roda de Pogo" (pronuncia-se pôgo) ou simplesmente “Roda” Para os intimos, também chamada de "Roda Punk", aquele aparente tumulto em frente ao palco, que na verdade é a dança de várias pessoas, que se deixam levar pelo som. Aqui vou tentar descrever um pouco desse comportamento. Chamado “pogo” mas para que ele aconteça são necessários alguns fatores determinates como:


Show da banda DeadFish de Vitória – ES, podemos observar um mosh uma manifestação de pogo ao centro e a questão do espaço

O ambiente, vazio

Começando com o lugar onde acontecem os shows. Nada de grandes galpões, palcos espaçosos de 2 metros de altura, camarotes, seguranças, jogos de luzes, gelo seco, inspeções sanitárias e dos bombeiros. Os shows acontecem em bares, porões, garagens e similares. São lugares comuns e apertados, que às vezes têm um palco.
 Imagine um bar comum, um boteco com balcão e mesas ou até espaços em processo de construção. No fundo, uma porta que está sempre fechada e leva a uma sala pequena, escura e vazia, sem móveis, sem decoração. Essa é a sala onde acontecem os shows. Suas características:
  • As paredes são escuras (pintadas de preto ou simplesmente sujas).
  • Não há janelas, pois o som não pode escapar para a vizinhança.
  • Ventiladores são um extra e ar condicionado não existe.
  • A iluminação é mínima, com luzes amareladas ou negras e cansadas.
  • O cheiro é uma mistura de mofo com fumaça de cigarro, cerveja e suor dos shows anteriores, porém é suportável.
  • O chão é grudento e deslizante.
No canto da sala tem um "palco", um tablado preto de 20cm de altura mas pode variar de acordo com a estrutura onde cabe uma banda de três integrantes. O palco é vazio também, pois os amplificadores, instrumentos e toda a aparelhagem são trazidas pelas bandas quem tornam o palco menor ainda.
Extintores? Saída de incêndio? Luzes de emergência? Podemos perceber a ausência de todos esses itens.

O ambiente, cheio

O público chega aproximadamente uma hora antes de começo do show e o lugar fica cheio. Mas cheio no sentido "lotado" da palavra. Não há espaço para se movimentar livremente, é preciso que outras pessoas saiam do caminho para que você possa andar ou se for o caso respirar.Se pararmos e observarmos veremos vários tipos de comportamentos sociais inclusos neste ambiente pois o rock se divide em varias classes das quais nem sempre dividem os mesmos preceitos daí acontece o surgimento de varias classes de rock mas independente da classificação musical o pogo ou roda não é uma manifestação apenas punkrock/hardcore e sim de uma abrangência enorme no contexto musical independente de que classe você pertença. Na pogo podemos observar: punks de moicano colorido, metaleiros cabeludos de preto, carecas de suspensório (nazistas, porém no cenário punkrock/hardcore alagoano eles foram extintos por sua falta de conduta), Pré-adolecentes de 14 anos, bêbados do boteco, surfistas de bermuda, hippies dentre outros tipos não classificáveis.
Os  integrantes das bandas são pessoas não identificáveis no meio do público, que na sua vez vão ao palco para tocar. Nas outras bandas eles são como todos os outros, assistem e participam do pogo e show.
A porta fica sempre fechada para o som não escapar para a vizinhança e vale apena ressaltar que quase sempre não há janelas. O resultado é que o ar não circula, não se renova. Dentro da salinha é sempre um forno e todos suam. "Calor humano" ganha um novo sentido nesse ambiente.
O cheiro que antes era suportável agora fica realmente forte. São adicionados mais alguns ingredientes à mistura: respiração, flatulência e suor dos presentes, cerveja e outros tipos de bebidas alcólicas derramadas no chão e fumaça de cigarro (nicotina e maconha e outras substancias desconhecidas). Depois de um tempo sua percepção é alterada e você perde a capacidade de perceber determinados odores e cheiros inclusos neste ambiente.
Devido ao calor, a maioria das pessoas (sexo masculino) estão sem camisa e pingando de suor, e como todos estão espremidos, o contato de sua pele com o suor de vários indivíduos é inevitável e confesso que é um sensação horrível no entanto tato é outra capacidade sensorial que você acaba ignorando aos poucos.
O lugar é fechado, então as paredes começam a transpirar. O chão fica igualmente molhado de suor e de cerveja e outros liquidos, passando de grudento a escorregadio. Este é um elemento dificultador do pogo (roda).
Não há seguranças apenas alguns contratados sem lá muita experiência. Não há policiamento. Não há qualquer tipo de controle. O dono do bar raramente se incomoda com o show. As bandas e o público tomam conta de tudo. O bom senso funciona, muito bem mesmo tendo vários bêbados e drogados no recinto.
A primeira banda vai ao palco e o show começa. São cinco integrantes que se espremem para caber no mini-palco. É comum eles se trombarem durante o show ou a invasão de pessoas da platéia. A primeira fileira da platéia consegue ver a banda toda, o resto do público só vê cabeças. Mas como o objetivo é dançar, ou melhor, entrar na roda, isso não importa.

O pogo

O pogo pelo que podemos perceber e a razão da existência de um show punk. Existe um aparato de estímulos que fazem o orgânico perceber o ambiente com euforia e êxtase fazendo uma liberação hormonal e assim tendo toda uma resposta não só psicológica mas também fisiológica para a situação. Podemos observar empurrões, cotoveladas, chutes, socos e mais uma porção de reações não estipuladas, podemos observar também que mesmo após tais comportamentos podemos perceber que no final de cada musica todos se abraçam ou se comunicam de alguma forma indicando o bem estar da situação. 
Segundo Aurélio Marinho Jargas:
 “O momento de alegria e energia quando o punk e o surfista se abraçam, depois se chutam, depois se abraçam de novo e por aí vai. Tudo numa boa.“
Pogar é simplesmente "dançar" num contexto punk. O termo "poguear" também pode ser usado, porém é menos comum. O som punkrock/hardcore é forte, rápido e cheio de energia, e a dança reflete essas características. Ao ouvir a música, seu corpo inteiro vibra e essa relação estimulo quando recebido e percebida pelo orgânico se reflete na vontade  de: pular, correr, sair chutando o mundo. E assim é a dança, consiste em pulos, correrias e movimentos cadenciados de braços e pernas.
O pogo clássico foi eternizado com o desenho da banda Circle Jerks:

O pogo clássico
Os movimentos necessários para o pogo: andar, dando os passos no ritmo da música. A cada passo, a perna é levantada e esticada, dando-se um chute no ar, como se estivesse chutando uma bola de futebol. Um chute médio, nem fraco nem forte.
Nota:  Devemos observar que os chutes e socos distribuídos durante o pogo não tem um objetivo fixo de machucar e nem tão menos de provocar. 
O tronco e a cabeça são movimentados para um lado e para o outro, acompanhando o ritmo e os chutes. É toda uma flexibilidade corporal.
Os braços ficam dobrados em 90 graus e os punhos fechados, fazendo um movimento alternado, para frente e para trás, no ritmo da música. É como um boxeador em posição de defesa do rosto, só que com a guarda mais aberta (os punhos não se tocam) e os cotovelos bem afastados. A cabeça fica levemente abaixada. Esta é uma posição de defesa da cabeça, para evitar colisões. Assim, nos choques o que se bate são os cotovelos e antebraços.
Algumas variações incluem uma posição diferente dos braços, dobrados na vertical e fazendo movimentos para cima e para baixo. Ou ainda dar joelhadas no ar ao invés de chutar.
Se você nunca teve uma experiência com pogo, imagine a dança. Um boxeador defendendo a cabeça, gingando e dando chutes no ar. Isso é pogar. Agora imagine vários boxeadores fazendo o mesmo em um espaço minúsculo, se chocando e se batendo o tempo todo. Isso é um pogo.
Se passa a semana inteira, o que fazer para melhorar?
As contas estão esperando e o salário não vai dar.
Chega o fim de semana e eu sei que algo vai mudar,
Quando esqueço os meus problemas e começo a POGAR.
-- banda Sociedade Armada

A roda de pogo


A roda de pogo é uma evolução natural do pogo. Com cada um andando em uma direção diferente, os choques frontais são muito freqüentes e a dança fica prejudicada. Apesar de se trombar fazer parte do jogo, se trombar demais impede que se tenha a flexibilidade corporal necessária para acompanhar o ritmo da música.
Nada é combinado, mas intuitivamente todos começam a andar para uma mesma direção, diminuindo o caos de colisões frontais. Como o espaço é reduzido, só é possível andar em círculos, ao redor do centro do pogo. Esta é a roda de pogo.
O sentido não importa, mas parece ser mais "natural" andar no sentido anti-horário. Já que grande parte das rodas de pogo giram nesse sentido.
A roda geralmente se forma na frente do palco, logo atrás do pessoal do gargarejo (pessoas que ficam gritando em frente ao palco) na primeira fileira. Ela pode ser pequena ou imensa, dependendo do número de integrantes. Geralmente há apenas uma. O resto do público que não quer entrar na roda se acomoda ao redor em posição defesa onde colocam seus cotovelos na frente do rosto fazendo uma figura geométrica de um quadrado tocando a mão direita no cotovelo esquerdo e a mão esquerda no cotovelo direito, levando uns chutes, cotoveladas e encontrões sempre quando alguém na roda perde o controle.
No intervalo das músicas a roda pára e todos descansam. É comum ver abraços entre amigos, sorrisos e gritos dos estimulados. Os sorrisos também são comuns de ver no meio da roda. Aparentimente chutar e ser chutado faz parte do jogo e todos fazem isso com alegria. É a dita  “libertação”.
Quero uma festa com os Kennedys
Eles é que sabem o que é hardcore
Depois pra resfriar e afastar os junkies
POGUEAR um monte ouvindo Circle Jerks
Quero uma festa punk!
-- banda Replicantes

As variações da dança

Quando existe uma euforia musical, é comum ver variações do pogo clássico, que podem incluir:
  • Rodar a camiseta acima da cabeça e gritar.
  • Jogar cerveja para o alto e gritar.
  • Subir no ombro de outro individuo e rodar a camiseta e/ou jogar cerveja.
  • Pular no ar num momento de ápice da música.
  • Dar vários pulos consecutivos no ápice do momento de ápice da música.
  • Levantar um braço com o punho fechado e cantar frases da letra.
  • Levantar os dois braços e com os punhos e olhos fechados cantar a frase da letra que é realmente especial para você.
  • Abraçar o primeiro individuo que vier pela frente e pogarem juntos por alguns segundos. Não ficar muito tempo abraçado pois senão pode ficar meio estranho.
  • Fechar os olhos e simplesmente deixar o corpo solto, sendo jogado para todos os lados junto com o pogo.
  • Fazer um mosh.
  • Bater cabeça
Como se a vida fosse um punkrock em show
Temos 15 minutos para mostrar o que queremos
E você segue em frente contente com o show
CHUTANDO as coisas ruins, deixe tudo de lado
-- banda Tequila Baby

O mosh


O mosh (pronuncia-se móchi) não é uma exclusividade de shows punk, mas por ser bem freqüente a sua execução, merece ser comentado também. "Dar um mosh" é subir no palco e se jogar de lá, caindo em cima da platéia. O palco deve ser alto. O nome estrangeiro é "stage dive", mas geralmente é aprendido como mosh.
Funciona de duas maneiras: 1º) O individuo se joga. As pessoas o seguram não porque querem, mas porque é a única maneira de não se machucarem com o choque do corpo do sujeito, já que o lugar está lotado e não é possível sair debaixo. Por isso é considerado mais viável pular em cima das pessoas que estão assistindo o show, e não no pogo. 2º) O individuo pula em seus amigos ou conhecidos que ele considere que não o deixarão cair.
O pulo aparentemente é mais uma questão de estilo/estética. Pode ser frontal (tipo mergulho), de costas, com giro, com mortal, braços abertos, qualquer coisa só não será aceito pular "em pé". Esse tipo de movimento não é aceitos pelos demais. E ainda existe o risco de machucar alguns individuos com a pisada.
Podemos perceber também que existe um tempo de permanecia no palco, para aqueles(a) que desejam executar o mosh. Aparentimente qualquer tipo de permanência não solicitada no palco é considerada uma tentativa falha.

As regras

Punks e regras não combinam dês dos tempos mais primórdios já que a palavra punk significa desregrado. Mas o pogo (roda)  podemos perceber que é como se fosse um mundinho à parte, com as suas regras de conduta e de boa convivência que devem ser respeitadas.
Entendo que qualquer individuo que nunca teve uma contato com o pogo pode facilmente presumir que é muito simples seu funcionamento. Posso presumir que o pensamento seria: "Ah, entendi, basta socar e chutar todo mundo e estarei dançando". E lá vai o individuo fazer isso no pogo. Ele com certeza sairá machucado.
Todos no pogo sabem quem são os que estão dançando e aproveitando  apenas a manifestação cultural e os que estão abusando e se aproveitando da situação para a pratica do sadomasoquismo. Qualquer pancada diferente do normal é facilmente reconhecida e a repreensão pode vir verbalmente ou com outra pancada mais forte.  Às ditas "Sem querer", apesar desses fatores brigas no pogo são raríssimas e em grande parte inadimisiveis.

ETIQUETA DO POGO


Segundo Aurélio Marinho Jargas às etiquetas do pogo acontecem desta forma:
  • Cada um pode dançar como quiser, batendo nos outros de maneira amigável e não intencional, sem abusos.
  • Se alguém cair no chão podemos observar um comportamento de proteção ou  de solidáriedade, os que estão ao redor fazem uma "cabaninha" para protegê-lo(a) e o ajudam a levantar.
  • Se precisar amarrar o tênis/bota/coturno, faça isso fora do pogo.
  • Se  achar alguma coisa no chão, entregue para o cara da banda anunciar no microfone no intervalo das músicas.
  • Uma garota pogando ou dando mosh deve ser encarada como um punk suado fedido. Nada de aproveitar para tirar uma lasquinha. Isso é considerado falta de conduta.
  • Se você quer que sua namorada pogue, deixe-a. Ficar protegendo a mulher no meio do pogo é ineficiente e atrapalha os demais. Ou deixe-a livre ou saiam da roda.
  • Pogo e cigarro não combinam, pois brasa quente e caras sem camisa se atraem. Se quiser fumar, saia do pogo.
  • Cansou? Saia do pogo, não fique parado no meio atrapalhando o fluxo.
  • Tomou uma pancada forte? Tente identificar se foi intencional ou sem querer. Geralmente é sem querer. Saia da roda para se recuperar. Se foi intencional, marque o cara e depois bata nele "sem querer" também em outra música, para que ele saia do pogo. Se quiser ser mais construtivo tente conversar e explicar o que ele fez de errado.
  • Bateu forte em alguém sem querer? Peça desculpas na hora para não ser confundido como intencional. Mesmo se desculpando, sair do pogo por alguns minutos pode ser uma boa idéia. Avalie a situação.
  • Não brigue. Você notou que não há brigas no pogo? Faça a sua parte para que isso continue assim.

O fim

 Podemos observar que ao termino dos shows, os individuo saem exausto, sem ar, com sede, com fome, fervendo, suando e com dores por todo o corpo. As roupas estão encharcadas numa mistura de suor, cerveja e manchas de coisas que você não tem nem idéia. Perder a camiseta é comum, não existe essa preocupação. O cheiro do individuo é  um tanto quanto, insuportável. Suas roupas devem ir direto para o tanque ou para o lixo. A nuca dói. Há arranhões, hematomas e roxos em todo o seu corpo, principalmente no antebraço e nos cotovelos. Seu tênis/bota/coturno está irreconhecível, todo pisoteado e sujo.
E o principal: pode-se perceber que há um sorriso em seu rosto misturado com uma sensação, que seria descritível como realização.

 




[i] Aurélio Marinho Jargas, nascido em 77, programador, baterista, já tocou nas seguintes bandas de hardcore: CORRERIA HC, DUMBS, SCARECROW, VALETA e NO SNACKS. Praticante da pogoterapia.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ubiquo:


 Ser um pontalete é um almejo muito grande. Porem é necessário ser, é o que necessitamos ser quando a vigência de um obstáculo se mostra maior que nós, pois quando a vindita vem em forma de castigo por um modo de viver exaustivo, exaurido por pensar, por criar uma vacância interior sem estimar o poder ubíquo que todos possuímos no ato de nascer. No ato de começar de novo.
Luciano Lima

Insolito:

 Sabíamos bem antes de tentar, que a vulnerabilidade poderia acontecer, como uma nuvem que paira sem direção, propostas e probabilidades nos enfocam , e enforcam nosso entender, pois o afinco nos tocou outra vez... Como lagrimas de uma chuva que tende a não parar, flexionando temperamentos insólitos o inesperado pode acontecer e mudar concepções e pontos de vistas considerados tão sólidos pelo menos há alguns minutos atrás. Vamos lá não seja dogmático(a) pois ninguém detém ou retém a verdade, que na grande maioria não passa de pontos de vista que se multiplicam e se alastram com a primeira ventania de pensamentos que nos cercam e nos rodeiam, como um passarinho que vem te visitar e você aprende a amar pois a verdade é como a liberdade não se pode renunciar mas nem tão menos tocar.
Luciano Lima

Nos Mudar.


Musica: Nos Mudar
Compositores: Luciano Lima e Bruno Araújo.

Me explica por que o tempo, sempre insiste
Em nos mudar me entender, o porque de sermos assim...
Da primeira vez que a vi, avistei um anjo e um motivo p’ra viver
Refrão:

Talvez tenha sido exagerado em te querer, mas p’ro nosso bem, a distancia é necessária
Pois nem sempre as portas do céu, estão abertas e sei que desistirei de tudo por você

Por esse amor que me consome
Não quero mais que ninguém me veja (Só você)
Não quero mais que ninguém me entenda (Só você)
Lembro do nosso primeiro beijo, foi algo tão sem querer
Não consigo esconder meus sorrisos ao te ver
E meu medo de te perder (2x)
Uma volta e nada estará, mais em seu lugar...
Tudo bem pois não ligo p’ra mais nada...
Apenas me dê sua mão e vamos continuar, me diz ta tudo bem...
Pois sem você nada tem graça...
Apenas mais uma chance p’ra tentarmos outra vez
Um novo amanhecer (4x)

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